Meu histórico de irresponsabilidades.
Eu sempre fui um irresponsável,
aquele que quebrou algumas “regras”, “caminho adequado”, “lógica das coisas” e
outras normas adotadas pela maioria das pessoas.
Por exemplo, com quinze anos,
pedi demissão do primeiro emprego, porque não fui “registrado” no período de um
ano. E, mesmo não entendendo o que isso significava, me senti incomodado com a
situação.
Tomei a decisão sem consultar
os pais e irmãos mais velhos, inclusive dois deles trabalhavam na mesma empresa,
o que seria a regra normal.
Tive outros momentos de
irresponsabilidade nesta longa caminhada.
Mas, para encurtar a história,
cito mais um.
Já com um pouco mais de idade,
fiz transferência do curso de administração de empresas, de uma universidade
pública (FEA/USP) para uma particular (ESAN).
Precisava, para ter o
certificado, terminar o curso em menor tempo, pois, por “mau comportamento”, já
tinha passado sete anos frequentando a universidade pública, correndo risco de
jubilamento.
O normal seria me esforçar para
ter certificado do curso na melhor universidade do país.
Agora, sexagenário (eita que palavrão) estou
tentando, de forma irresponsável, aprender a andar de skate.
Este esporte de alto risco, indicado
somente para jovens ágeis e destemidos.
O normal seria praticar algo
em que ficasse confortavelmente sentado e seguro de qualquer risco de se machucar.
Pois é, me julgava um
irresponsável de primeiro time.
Mas não.
Neste cambaleante aprendizado
para me equilibrar numa tábua com rodas, encontro com irresponsáveis de outro
nível.
Transmissão do vírus da irresponsabilidade.
Irresponsabilidade parece com
vírus que tem alta capacidade de transmissão entre seres humanos.
Por exemplo, tem um senhor aí,
um tal de LEONE CREAZZO, que tem espalhado este vírus da irresponsabilidade com
clínicas ministradas no Parque da Independência, Bairro do Ipiranga, São Paulo.
Isto por várias décadas, tendo
contaminado centenas de pessoas, que se tornaram irresponsáveis skatistas.
Eu mesmo fui vítima deste vírus
com ataques realizados em momentos que estive descuidado, concentrado em como
subir nesta tábua que anda.
E, outra irresponsabilidade,
este senhor não cobra um tostão das pessoas que participam da clínica.
Este senhor, junto com outro
irresponsável de nome CLÁUDIO CENTOFANTE, mais conhecido com o codinome
CLAUDINHO, praticaram outra transmissão deste vírus da irresponsabilidade, me
convidando a participar de gravação para um canal de TV por assinatura,
dedicada a esportes radicais.
Como pode?
Chamar um sexagenário (eita que
palavrão) que mal consegue se manter equilibrado numa tábua andante, para
participar de gravação sobre "Idosos que praticam esporte radical", nome provisório do programa.
Radical é chamar este idoso aqui
para um programa deste.
Espero que tenham maquiadores digitais para melhorar a minha imagem!
Como prova, favor ver a foto abaixo.
Da esquerda para direita: Mitsunori,
Claudinho, Leone e Sandro.
Os irresponsáveis
skatistas.
A irresponsabilidade, que
quebra regras, situações, e, que de vez em sempre, quebra também alguns ossos na busca
da manobra perfeita, ou no aprendizado de uma nova manobra para enriquecer o portfólio.
É este vírus que move os skatistas.
Alguns, mais irresponsáveis
ainda, de tanto tentarem conseguem inventar outras manobras.
Estes skatistas, que com esta irresponsabilidade
tem criado trajetórias fantásticas.
A irresponsabilidade que
nos leva às realizações.
A irresponsabilidade é que nos
leva a realizar os sonhos que brotam em nossas almas.
Cada sonho, grande ou pequeno,
não importa, é único para cada pessoa e somente com irresponsabilidade,
quebrando normas, que nos faz mover da zona de conforto, nos impulsiona na direção da realização.
Como disse aquele cabeludo com
aspecto de skatista: “Loucura é querer resultados diferentes fazendo tudo exatamente
igual.”.
Precisamos de mais
irresponsáveis, um verdadeiro esquadrão de irresponsáveis para melhorar o mundo!
Vichi, acho que exagerei! (*)
Melhorando o bairro, já está
bom.
Esta irresponsabilidade dos
skatistas, inconformados com a situação vivida no momento, é que pode levar
para novos caminhos.
Estou quase me transformando
num irresponsável de maior porte.
(*) é a adrenalina acima do
normal, por hoje estar completando sessenta e seis anos.
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